Há 15 anos
atrás, Chico Xavier deixava o plano físico, em 30 de junho de 2002, aos 92 anos
de idade, em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, às 19:30. Oito dias
antes de completar 75 anos de trabalho para o Espiritismo, com sua mediunidade
abençoada, como um dos mais legítimos discípulos de Jesus. Fazendo neste ano de
2017, 15 anos do seu desencarne.
Conforme
relatos de amigos e parentes próximos, Chico dizia que iria desencarnar num dia
de muita felicidade para o Brasil, em que o país estivesse em festa, para assim
o desencarne dele não causar tristeza. E assim aconteceu. Pois, o país
festejava a conquista do pentacampeonato da Copa do Mundo de Futebol daquele
ano. Chico desencarnou cerca de nove horas depois da partida final de Brasil x
Alemanha.
Segundo a
Polícia Militar de Minas Gerais, cerca de 120 mil pessoas compareceram ao
velório do médium, que aconteceu em Uberaba nos dias 1 e 2 de julho. Em um
caminhão do Corpo de Bombeiros, o caixão com o corpo do médium percorreu 5km
até chegar ao Cemitério São João Batista, em Uberaba, e mais de 30 mil pessoas
acompanharam o cortejo a pé. Quando o caixão chegou ao cemitério, foi recebido
com uma chuva de pétalas de 3 mil rosas lançadas em profusão de um helicóptero
da Polícia Rodoviária Federal.
Francisco
Cândido Xavier, com sua mediunidade ímpar, a sua bondade atraiu pessoas de
todos os credos, e até mesmo aquelas que não tinha nenhuma religião.
Psicografou 468 livros, vendendo mais de 50 milhões de exemplares em todo o
mundo, todo os direitos autorais da venda dos livros foram para instituições de
caridade. Nunca ficando com nenhum valor desses livros. Também psicografou
cerca de 10 mil cartas, sem nunca ter cobrado nada. Esta dedicação no trabalho
em benefício do próximo possibilitou a Chico a indicação, ao Prêmio Nobel da
Paz de 1981. E no ano de 2012, Chico foi eleito “O Maior Brasileiro de Todos os
Tempos”, em evento promovido e realizado pela emissora de televisão SBT.
Orfandade,
perseguições rudes na infância, solidão e amargura estabeleceram o cerco que
lhe poderia ter dificultado o avanço, porém, as providências superiores
auxiliaram-no a vencer esses desafios mais rudes e a crescer interiormente no
rumo do objetivo de iluminação.
Experimentou
abandono e descrédito, necessidades de toda ordem, tentações incontáveis que
lhe rondaram os passos ameaçando-lhe a integridade moral, mas não cedeu ao
dinheiro, ao sexo, às projeções enganosas da sociedade, nem aos sentimentos
vis.
Sempre se
manteve em clima de harmonia, sintonizado com as Fontes Geradoras da Vida, de
onde hauria coragem e forças para não desfalecer.
Trabalhando
infatigavelmente, alargou o campo da solidariedade, e acendendo o archote da fé
racional que distendia através dos incomuns testemunhos mediúnicos, iluminou
vidas que se tornaram faróis e amparo para outras tantas existências.
Nunca se
exaltou e jamais se entregou ao desânimo, nem mesmo quando sob o metralhar de
perversas acusações, permanecendo fiel ao dever, sem apresentar defesas
pessoais ou justificativas para os seus atos.
Lentamente,
pelo exemplo, pela probidade e pelo esforço de herói cristão, sensibilizou o
povo e os seus líderes, que passaram a amá-lo, tornou-se parâmetro do
comportamento, transformando-se em pessoa de referência para as informações
seguras sobre o Mundo Espiritual e os fenômenos da mediunidade.
Por Ronaldo Ribeiro