sábado, 17 de março de 2018

Projeto Coral Vivo - Arraial d'Ajuda, conclui Campanha de Monitoramento.



No último 04 de março, o Projeto Coral Vivo, Unidade Arraial d’Ajuda, finalizou mais uma de suas tão importantes Campanhas de Monitoramento de corais, após uma sequência de visitas à Reserva Marinha de Recife de Fora, num período de cinco dias ininterruptos.

Os recifes de coral constituem-se em importantes ecossistemas, altamente diversificados, no nível local, regional e principalmente no global. Por abrigarem uma extraordinária variedade de plantas e animais são considerados como o mais diverso habitat marinho do mundo, e por isso mesmo, possuem grande importância econômica, pois representam a fonte de alimento e renda para muitas comunidades. Uma em cada quatro espécies marinhas vive nos recifes, incluindo 65% dos peixes.

O Projeto Coral Vivo, (Arraial d’Ajuda), mostra a cada dia o seu intenso grau de envolvimento no cenário regional e nacional, comprometido com normas nacionais e internacionais, em prol de pesquisas do ecossistema marinho, trazendo informações relevantes para que a sociedade global seja informada das reais alterações da fauna e flora marinha. É responsável por todas as informações da Costa do Descobrimento, abrangendo a área desde Santa Cruz de Cabrália até a Reserva do Corumbau.

O Programa de Monitoramento do Projeto Coral Vivo, desde 2007, obedecendo o Cronograma de busca de informações do Reef Check Internacional, verifica a saúde dos corais, levanta se houve aumento ou diminuição das espécies de peixes da região, garantindo assim um grande volume de informação para todos os Organismos Nacionais e Internacionais, assim como à industria pesqueira. Traz também um levantamento sobre os invertebrados, todos os tipos de impacto ou quaisquer danos aos corais como marcas de âncoras, lixos e principalmente o seu branqueamento.

Para formar um Banco de Dados unificado em âmbito global a respeito desse tema, foi criado em 1997 a Rede Global de Monitoramento de Recifes de Coral. No Brasil, o início do Programa Nacional de Monitoramento iniciou-se em 2002, com a tese de protocolo Reef Check e suas adaptações.

O Protocolo Reef Check visa a rapidez e integração das informações, é mais simples e barato; estimula a participação de voluntários, devidamente treinados e guiados por uma equipe científica; é amplamente utilizado em mais de 80 países; fornece informações básicas acerca da saúde dos ecossistemas recifais; é ideal para monitoramento em grandes escalas geográficas, como no caso de toda costa brasileira.

O monitoramento é um meio de acompanhar as condições dos ecossistemas recifais ao longo do tempo, relacionando essas condições com as ações humanas, trazendo as seguintes questões: *Como está a saúde dos recifes de coral? *Quais são as ameaças aos recifes e outros organismos? *As populações de peixes estão se recuperando em áreas protegidas? *As ações de manejo estão sendo bem sucedidas? *Qual efeito do turismo nos recifes de coral? *Impactos relacionados a variações climáticas globais podem ser detectados?

Em uma das incursões à Reserva Marinha, O Jornal Publi Cidade se fez presente através de seu Editor Ronaldo Ribeiro, sob o convite de Flávia Guebert, Oceanógrafa e Coordenadora geral do Projeto Coral Vivo. Faziam parte também da equipe de pesquisadores Fábio Negrão – Coordenador Regional do Reef Check Brasil; Leandro Santos – Biólogo do Projeto Coral Vivo; Isabella Guilhem – Bióloga, da Diretoria de Oceanografia e Gerenciamento Costeiro da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; e Raimundo Madrado e Bit, técnicos de apoio do Projeto Coral Vivo.

Por Ronaldo Ribeiro
Jornal Publi Cidade

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