sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Natal com dengue, reveillon com chikungunya ou carnaval com zica; alta temporada causa suspense.


     A passagem de milhares de pessoas por cidades turísticas, vindas de Estados com alto número de casos de bebês nascidos com microcefalia, ou alto índice de casos de dengue, zica ou chycungunha,  pode representar um "coquetel explosivo", aumentando assim o risco do contágio, com a propagação de doenças transmitidas pela picada do Aedes Aegypti; alerta a Coordenadora de Virologia Clínica da Sociedade Brasileira de Infectologia, Nancy Bellei.
     O "coquetel explosivo" nas temporadas de natal, reveillon e carnaval justifica-se, segundo os infectologistas, pelas grandes aglomerações de pessoas, em geral com poucas roupas e mais vulneráveis às picadas do mosquito transmissor, somando a isso, a grande possibilidade de chuvas e a maior quantidade de lixo nas ruas.

     Para os especialistas, o Reveillon e o Carnaval reúnem fatores de risco preocupantes para o aumento da transmissão do zika, num momento em que a epidemia ainda se encontra em curva de ascensão no Brasil.
     O alerta se soma a um comunicado da Organização Pan-Americana de Saúde, que relatou aumento de casos da síndrome de Guillain Barré em países com epidemias de zika. Em julho de 2015, 62 pessoas foram confirmadas com a doença, que causa problemas neurológicos, na Bahia.
   
     O número de casos de dengue e chikungunya na Bahia, entre janeiro e setembro deste ano, superaram a quantidade de casos notificados em todo o ano de 2015. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab).
     De acordo com a Sesab, foram 53.842 casos de dengue e 24.304 de chikungunya em 2015, enquanto até setembro deste ano já foram registrados 62.892 casos de dengue e 47.895 de chikungunya.

     Os casos de Zica também aumentaram. Em 2015, foram 66.203 casos, o que dá uma média de aproximadamente de 5.516 por mês. Até setembro de 2016, a Sesab registrou 55.128 casos, o que dá uma média de 6.125 casos mensais.
     Em todo o país, o aumento dos casos de chikungunya ultrapassa 850% em 2016, de acordo com o Ministério da Saúde.
     A médica infectologista Ceuci Nunes diz que as três doenças preocupam. “A que mais coloca a vida em risco é a dengue. Sabemos também que tem o grande problema da microcefalia com o zika, e o problema da chikungunya que você fica doente, sintomático, com dor articular, por até alguns anos. Todas as três são doenças preocupantes", afirma.

     Agentes de zoonoses em Porto Seguro e Distritos, têm reforçado o combate aos focos do mosquito Aedes aegypti, mas muitos moradores esquecem de cuidados básicos.
     A prefeitura de Porto Seguro, através da Secretaria de Saúde, vem atuando de maneira firme no combate ao mosquito. A palavra de ordem é intensificar as ações por meio dos Agentes de Controle de Zoonoses, realizando mutirões de combate ao mosquito em todas as regiões do município.

     É importante também que a população tire pelo menos 10 minutos de seu dia para cuidar de seus quintais, é importante que cada um faça sua parte.

www. paho.org/ba/
www.ba.gov.br


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