Moradores de Arraial
d’Ajuda MAIS UMA VEZ, estão indignados com a Embasa local, que a cada momento
se apresenta mais e mais nas manchetes dos jornais locais, blogues, postagens
em grupos do Face e Whats, em todas as mídias impressas e online, com seus
vazamentos constantes de esgotos podres e contagiosos, demostrando um completo e
impressionante descaso com a higiene básica e o respeito ao ser humano; assim
como um profundo descuidado com a Saúde Pública dos moradores e turistas que
frequentam o Distrito de Arraial d’Ajuda nessa época do ano.
O ano de 2018
começou com milhares de denúncias de moradores e turistas, mostrando as mazelas
constantes de um paraíso dos cartões postais; paraíso este que a cada dia vem
se tornando ainda mais conhecido pelas tristes notícias, imagens e vídeos que
viralizam nas redes sociais, mostrando rios negros e fétidos de esgoto, toneladas de "cocô" in natura, acompanhados de seus parasitas, baratas, ratos, vermes e bactérias de todas as espécies, correndo
diretamente para praias lindas e paradisíacas da região, por dias seguidos, podendo
comprometer a saúde de centenas de milhares de turistas que chegam em nossa
cidade para seus momentos de descanso e lazer. Um crime ambiental
descaradamente cometido, deixando o principal patrimônio econômico da cidade
totalmente comprometido.
Para piorar
mais ainda a situação, na via de acesso ao Bairro Villas do Arraial, há alguns
bueiros da Embasa que estão jorrando esgoto há vários dias, também “in natura”,
forçando os moradores a conviverem com um mal cheiro insuportável, além de
terem que passar sobre essa água fétida e poluída. Esgoto este correndo
diretamente para um afluente do rio mucugê, que mais à frente também toma a
direção do mar.
A EMBASA por
sua vez, que tem uma ficha corrida nos Tribunais Baianos que faria inveja a
muitos delatados da Lava Jato, continua inerte às questões obvias do cotidiano,
bastando uma nuvem acinzentada ou uma suposta obra, para seus bueiros começarem
a minar seu precioso ouro negro. Não levando em consideração que o Turismo é o maior patrimônio econômico da cidade, podendo levar a cidade a uma quebradeira total pela falta de turista, perdidos para outros pontos turísticos do Estado. Mostrando uma completa desconsideração com o morador nativo, este que paga por um serviço, esperando ter de volta o básico de uma empresa de saneamento.
Órgãos oficiais
de comunicação se manifestam a cada instante nos grupos de whats e face, publicando
suas notas, tentando amenizar o dano causado pela estatal, ao mesmo tempo
mostrando o receio de comprometer a imagem da cidade, e consequentemente a alta
temporada.
Esse “barata
voa” de informações desencontradas, de ataque e defesa, vai ao chão quando as
imagens são publicadas, mostrando turistas indignados registrando data e hora,
e fazendo seus comentários pouco elogiosos, revoltosos, quanto ao desrespeito pelos usuários
das praias. Não há mais a ideia de esconder, de jogar para debaixo do tapete, situações como esta e tantas outras, com a desculpa de não prejudicar o turismo. A melhor atitude para tornar o turismo uma industria que produz, é investimento, verdade e administração satisfatória. A mentira só trás malefícios, mostra a conivência com esse tipo de ação e acima de tudo o desrespeito com nossos visitantes, seres humanos que também devem ter a sua saúde protegida.
Esta é apenas mais
uma das várias vezes, que ocorre o vazamento do esgoto em diversas partes de
Arraial d’Ajuda e Porto Seguro, com o grande risco de contaminação das praias, levando
assim vários moradores do Arraial d’Ajuda a denunciarem o caso ao Ibama. A
região já foi visitada também pelos Fiscais do Parque Nacional do Pau
Brasil/Ibama, que observaram a gravidade da situação.
A contaminação
dos afluentes e do Rio Mucugê, devido ao lançamento de esgoto proveniente do
vazamento da Embasa, já causou a mortandade de peixes, degradação da flora e
comprometimento significativo da saúde dos moradores ribeirinhos, além do
evidente perigo de contaminação que os banhistas correm.
A Embasa, tem
como acionista majoritário o Governo do Estado da Bahia, que, além de seu
comportamento criminoso, opera em Porto Seguro sem contrato desde 2015.
O desastre
ambiental já é visível. Rio totalmente morto, sem condição nenhuma de suporte à
vida. Além do odor insuportável, toda população ribeirinha correndo risco
constante de contaminação. Doenças como cólera, disenteria, meningite,
amebíase, hepatites A e B e outras, podem ser transmitidas pelo contato ou
ingestão destas águas.
Não bastasse
isto, todas as pessoas que frequentam nossas praias são expostas a estes mesmos
riscos quando o rio, com suas águas tremendamente poluídas pelo esgoto, deságua
na praia do Mucugê. As imagens, vídeos e declarações são assustadoras e
comprovam o descontentamento da população local e em trânsito.
A
responsabilidade e o respeito com o ser humano estão acima dos interesses econômicos
locais, não podendo assim, esconder ou negar a informação de fatos
indefensáveis e injustificáveis, seja ao morador ou ao turista. O prejuízo
causado à região, deve ser acrescentada nos cálculos das multas indenizatórias,
além dos cumprimentos de prazos e qualidade das obras serem devidamente
cumpridos.
Outra questão que
a população deve se ater com devida atenção e intensidade nas cobranças, é com
relação àquele órgão ou gestor, que deixa de cumprir a sua devida obrigação de
fiscalização e cobrança, prevista na Constituição do Estado ou do Município,
indo este também para o banco dos réus, ao lado da estatal, pela falta de
cumprimento de suas obrigações constitucionais.
Ronaldo Ribeiro
Jornal Publi Cidade
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